10/08/2025
Trump avalia reclassificar maconha como droga menos perigosa
Da CNN - para brasileiros que amam Donald Trump e "seus valores", e abominam a canabis até como produto medicinal ...
Fontes relatam que presidente garantiu "várias vezes" que pretende reclassificar o produto
Steve Contorno, da CNN
Em um jantar recente em seu clube particular em Bedminster, no estado de Nova Jersey, Donald Trump falava sobre a decisão de demitir o principal estatístico econômico do país e fazia piadas sobre a política da cidade de Nova York.
Porém, em certo momento, a conversa se voltou para uma questão politicamente controversa e ainda em aberto: o afrouxamento das restrições federais à maconha nos Estados Unidos.
"Precisamos analisar isso. É algo que vamos analisar", reconheceu Trump diante do pequeno grupo de doadores, segundo duas pessoas que estavam no evento.
Há quase um ano, o republicano sugeriu que seu retorno à Casa Branca mudaria o status da maconha, facilitando o acesso de adultos a produtos seguros e dando aos estados maior margem de manobra para buscar a legalização da droga.
Ele sinalizou apoio a tirar a maconha da mesma categoria que narcóticos perigosos, como a heroína. Isso o diferenciou de muitos de seus antecessores republicanos e ocorreu em um momento em que Trump conquistava americanos mais jovens, grupos minoritários e eleitores com tendências libertárias.
Mas, sete meses após o início de seu segundo mandato como presidente, a falta de ação em relação à maconha continua sendo uma promessa não cumprida notável para um chefe de Estado que agiu rapidamente em relação a outras promessas de campanha.
Nos bastidores, a questão expôs falhas profundas dentro da equipe de Trump. Os principais assessores políticos, que lideraram uma campanha agressiva para cumprir as promessas de campanha, pediram ação, de acordo com duas pessoas familiarizadas com as discussões internas.
Eles argumentaram que tal medida poderia ajudar a fortalecer o apoio republicano antes das eleições de meio de mandato, que acontecem no ano que vem.
Outros assessores políticos, no entanto, permanecem cautelosos, alertando que as ramificações morais e legais do afrouxamento das restrições à maconha podem superar os possíveis ganhos e até mesmo ter um efeito político contraproducente.
Em declaração à CNN, a porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, afirmou que, quando se trata da maconha, "todos os requisitos e implicações políticas e legais estão sendo considerados".
“O único interesse que orienta a decisão política do presidente é o que é do melhor interesse do povo americano”, ressaltou.
