Aluizinho Alves: o empresário, escritor e solitário. Veja a última homenagem antes da derradeira

Morte, velório e cremação. Tudo no mesmo dia. Na mesma intensidade que viveu Aluízio Alves Filho.

O primeiro menino de Aluízio Alves e Ivone Alves se foi neste sábado (27/09), deixando tantas histórias que não conseguiu contar em dois livros que lançou.

O terceiro ficou no prelo depois da interferência familiar.

“Minha querida amiga Thaisa Galvão, como sou leitor assíduo do seu Blog, e você noticiando o livro de Henrique Eduardo citou o meu nome, quero apenas, por uma questão de justiça, dizer a você e ao povo de Natal, é que na verdade, tanto eu para escrever os meus livros, quanto ele agora, que escreveu o dele, fomos buscar inspiração no exemplo de papai, pois, ele é nas nossas vidas a inspiração de tudo que fazemos. E dou em primeira mão para você que pretendo, dia 2 de agosto de 2013, quando completarei 68 anos, lançar um novo livro com o título ‘O Meu caminho de Volta’.

Só assim eu consigo aliviar a saudade que todos os dias me acompanha e que até hoje serve para que eu lute para viver distante DELES (papai e mamãe). E que tenho a certeza que um dia todos nós estaremos juntos novamente, confiando em Deus e na graça divina. Um abraço, um Feliz Natal e um ano novo de muitas realizações. É o que eu desejo, carinhosamente. Do seu amigo, Aluizinho".

Mensagem enviada em dezembro de 2012.

O livro parou aí.

O ‘caminho de volta’ reabriria feridas que a família não gostaria.

A veia de escritor se encerrou com dois títulos lançados: “Lições que Aprendi com Ele”, em janeiro de 2009, e "Repensando o Tempo, Enfrentando a Saudade e a Vida", em agosto de 2010.

Ávido por contar histórias, editou uma revista para homenagear o pai, em 2011, quando Aluízio, se vivo fosse, faria 90 anos.

A revista "Reencontro com Aluizio Alves, sua vida, sua luta suas esperanças",  encartada em jornais da época, reuniu depoimentos. O meu está lá.

O Memorial Aluízio Alves foi outro feito de Aluizinho. Criou, inaugurou e viu ser destruído, abandonado…

Na história de Aluízio Filho, hoje aos 80 anos, morando sozinho e se locomovendo em cadeira de rodas, inclui o comando da TV Cabugi e Tribuna do Norte/Rádio Cabugi como presidente. Depois trocou o grupo pela afiliada local da Rede TV, que comprou e logo vendeu.

Também passou pelo serviço público, quando foi chefe de gabinete do próprio pai, no Ministério da Administração. Lembrando que Aluízio Alves foi ministro da Administração no Governo Sarney e ministro da Integração Regional, no governo Itamar Franco.

Aluizinho foi casado com Suzana Ledebour com quem teve o filho Aluízio Neto. Também se casou com a publicitária Marise.

Hoje vivia sozinho em casa. Tinha cuidadoras. Recebia poucas visitas de amigos.

O mais frequente, Duarte Neto, que telefonava todos os dias, e pelo menos uma vez por semana se fazia presente.

Inclusive foi Duarte que ofereceu o último almoço de aniversário a Aluizinho, que fez 80 no dia 2 de agosto.

O almoço no restaurante Tábua de Carne foi no dia 4 de agosto, e trouxe a Natal para o último encontro, o irmão caçula, o jornalista Henrique José (Henriquinho).

Na foto: Henriquinho, Duarte Neto, Aluizinho, Sávio Hackrdt, Carlos Eduardo Alves e Ricardo Gobat.

Foi a última homenagem a Aluizinho, antes da derradeira, neste sábado intenso, com notícias de morte, velório e cremação.

Vai em paz, Aluizinhozão, como eu chamava, pelo tamanho…

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Segundo familiares, a causa da morte foi um infarto fulminante por volta das 7 da manhã.